Em apenas uma semana foram algumas polêmicas em que Neymar se relacionou. Começou no jogo contra o Ceará, no último domingo, quando se envolveu em uma confusão com o volante adversário João Marcos. Depois, no duelo contra o Atlético-GO, na noite de quarta-feira, o jogador se estranhou com o próprio treinador e chegou a trocar xingamentos com Dorival Júnior. O comportamento do atacante estranhou o ex-comandante de Neymar nas Seleções de base, Lucho Nizzo, que acredita que o atleta precisa de um melhor acompanhamento psicológico.
O alerta vem de uma pessoa que conviveu com o jogador por dois anos, começando na Seleção sub-15 e terminando na campanha do último Mundial sub-17, no ano passado. Para Lucho, o novo estilo de vida pode estar deslumbrando Neymar e, para isso, um apoio psicológico seria bem vindo.

- Eu fico chateado que a própria imprensa que cria esse tipo de situação, badalando demais esses garotos. A minha preocupação é avaliar como está o emocional dele. O grande lance não é só investir no aspecto técnico, porque tem o lado físico e o emocional também. Tudo na cabeça do menino muda, ele passa a ser o dono do mundo. Talvez ele não esteja preparado para conviver com essa situação prematura na vida dele. Temos que ter calma, mas isso não quer dizer que devemos sempre passar a mão na cabeça dele.

Com a experiência de um profissional que se desenvolveu comandando equipes de base, o agora técnico do Al-Raed, da Arábia Saudita, se mostra espantado com as atitudes do jogador e aconselha Neymar a se preocupar apenas em jogar futebol.
- Quando treinei ele, até um ano atrás, não tinha isso. Ele é muito bom, mas acho que, por conta desses acontecimentos, não é o Neymar que convivi. Eu fico triste porque gosto muito dele como pessoa. E realmente não sei o que está havendo. Eu fico muito preocupado e espero que o Neymar tenha ajuda do departamento de psicologia do Santos. Ele deve jogar futebol, que é o que ele mais sabe fazer - conclui Lucho.